(Foto tirada da pintura em tinta óleo sobre tela de Clóvis Tavares,
que encontra-se exposta no Museu de Ciro da Escola Jesus Cristo)
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(Ao meu pai, Clóvis Tavares)
13 de abril. O corpo já não respira.
Os olhos já não respondem nosso olhar,
Eu tentava acreditar que era mentira,
Eu juro que eu não queria acreditar
Naquele 13 de abril que não se expira,
Como uma fonte que recusa-se a secar,
Como um ponteiro do tempo que não gira,
Como um ruído que não me deixa sonhar.
13 de abril de 1984.
O volvo, imperdoável como um infarto,
Arruína suas possibilidades. Sem saida ...
13 de abril. Aquele dia ingrato
Era apenas o sinal de um novo ato
Do grande espetáculo que será sempre a sua vida.
Luís Alberto Mussa Tavares